Torateinu

Gn 41:1-44:17   1Rs 3:15-4:1   1Co 2:1-5   Sl 40



MIKETZ

Gn 41:1 - 44:17

Gn 41
1 Passados dois anos completos, Faraó teve um sonho. Parecia-lhe achar-se ele de pé junto ao Nilo.
2 Do rio subiam sete vacas formosas à vista e gordas e pastavam no carriçal.
3 Após elas subiam do rio outras sete vacas, feias à vista e magras; e pararam junto às primeiras, na margem do rio.
4 As vacas feias à vista e magras comiam as sete formosas à vista e gordas. Então, acordou Faraó.
5 Tornando a dormir, sonhou outra vez. De uma só haste saíam sete espigas cheias e boas.
6 E após elas nasciam sete espigas mirradas, crestadas do vento oriental.
7 As espigas mirradas devoravam as sete espigas grandes e cheias. Então, acordou Faraó. Fora isto um sonho.
8 De manhã, achando-se ele de espírito perturbado, mandou chamar todos os magos do Egito e todos os seus sábios e lhes contou os sonhos; mas ninguém havia que lhos interpretasse.
9 Então, disse a Faraó o copeiro-chefe: Lembro-me hoje das minhas ofensas.
10 Estando Faraó mui indignado contra os seus servos e pondo-me sob prisão na casa do comandante da guarda, a mim e ao padeiro-chefe,
11 tivemos um sonho na mesma noite, eu e ele; sonhamos, e cada sonho com a sua própria significação.
12 Achava-se conosco um jovem hebreu, servo do comandante da guarda; contamos-lhe os nossos sonhos, e ele no-los interpretou, a cada um segundo o seu sonho.
13 E como nos interpretou, assim mesmo se deu: eu fui restituído ao meu cargo, o outro foi enforcado.
14 Então, Faraó mandou chamar a José, e o fizeram sair à pressa da masmorra; ele se barbeou, mudou de roupa e foi apresentar-se a Faraó.
15 Este lhe disse: Tive um sonho, e não há quem o interprete. Ouvi dizer, porém, a teu respeito que, quando ouves um sonho, podes interpretá-lo.
16 Respondeu-lhe José: Não está isso em mim; mas D-us dará resposta favorável a Faraó.
17 Então, contou Faraó a José: No meu sonho, estava eu de pé na margem do Nilo,
18 e eis que subiam dele sete vacas gordas e formosas à vista e pastavam no carriçal.
19 Após estas subiam outras vacas, fracas, mui feias à vista e magras; nunca vi outras assim disformes, em toda a terra do Egito.
20 E as vacas magras e ruins comiam as primeiras sete gordas;
21 e, depois de as terem engolido, não davam aparência de as terem devorado, pois o seu aspecto continuava ruim como no princípio. Então, acordei.
22 Depois, vi, em meu sonho, que sete espigas saíam da mesma haste, cheias e boas;
23 após elas nasceram sete espigas secas, mirradas e crestadas do vento oriental.
24 As sete espigas mirradas devoravam as sete espigas boas. Contei-o aos magos, mas ninguém houve que mo interpretasse.
25 Então, lhe respondeu José: O sonho de Faraó é apenas um; D-us manifestou a Faraó o que há de fazer.
26 As sete vacas boas serão sete anos; as sete espigas boas, também sete anos; o sonho é um só.
27 As sete vacas magras e feias, que subiam após as primeiras, serão sete anos, bem como as sete espigas mirradas e crestadas do vento oriental serão sete anos de fome.
28 Esta é a palavra, como acabo de dizer a Faraó, que D-us manifestou a Faraó que ele há de fazer.
29 Eis aí vêm sete anos de grande abundância por toda a terra do Egito.
30 Seguir-se-ão sete anos de fome, e toda aquela abundância será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra;
31 e não será lembrada a abundância na terra, em vista da fome que seguirá, porque será gravíssima.
32 O sonho de Faraó foi dúplice, porque a coisa é estabelecida por D-us, e D-us se apressa a fazê-la.
33 Agora, pois, escolha Faraó um homem ajuizado e sábio e o ponha sobre a terra do Egito.
34 Faça isso Faraó, e ponha administradores sobre a terra, e tome a quinta parte dos frutos da terra do Egito nos sete anos de fartura.
35 Ajuntem os administradores toda a colheita dos bons anos que virão, recolham cereal debaixo do poder de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem.
36 Assim, o mantimento será para abastecer a terra nos sete anos da fome que haverá no Egito; para que a terra não pereça de fome.
37 O conselho foi agradável a Faraó e a todos os seus oficiais.
38 Disse Faraó aos seus oficiais: Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o Espírito de D-us?
39 Depois, disse Faraó a José: Visto que D-us te fez saber tudo isto, ninguém há tão ajuizado e sábio como tu.
40 Administrarás a minha casa, e à tua palavra obedecerá todo o meu povo; somente no trono eu serei maior do que tu.
41 Disse mais Faraó a José: Vês que te faço autoridade sobre toda a terra do Egito.
42 Então, tirou Faraó o seu anel de sinete da mão e o pôs na mão de José, fê-lo vestir roupas de linho fino e lhe pôs ao pescoço um colar de ouro.
43 E fê-lo subir ao seu segundo carro, e clamavam diante dele: Inclinai-vos! Desse modo, o constituiu sobre toda a terra do Egito.
44 Disse ainda Faraó a José: Eu sou Faraó, contudo sem a tua ordem ninguém levantará mão ou pé em toda a terra do Egito.
45 E a José chamou Faraó de Zafenate-Panéia e lhe deu por mulher a Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om; e percorreu José toda a terra do Egito.
46 Era José da idade de trinta anos quando se apresentou a Faraó, rei do Egito, e andou por toda a terra do Egito.
47 Nos sete anos de fartura a terra produziu abundantemente.
48 E ajuntou José todo o mantimento que houve na terra do Egito durante os sete anos e o guardou nas cidades; o mantimento do campo ao redor de cada cidade foi guardado na mesma cidade.
49 Assim, ajuntou José muitíssimo cereal, como a areia do mar, até perder a conta, porque ia além das medidas.
50 Antes de chegar a fome, nasceram dois filhos a José, os quais lhe deu Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om.
51 José ao primogênito chamou de Manassés, pois disse: D-us me fez esquecer de todos os meus trabalhos e de toda a casa de meu pai.
52 Ao segundo, chamou-lhe Efraim, pois disse: D-us me fez próspero na terra da minha aflição.
53 Passados os sete anos de abundância, que houve na terra do Egito,
54 começaram a vir os sete anos de fome, como José havia predito; e havia fome em todas as terras, mas em toda a terra do Egito havia pão.
55 Sentindo toda a terra do Egito a fome, clamou o povo a Faraó por pão; e Faraó dizia a todos os egípcios: Ide a José; o que ele vos disser fazei.
56 Havendo, pois, fome sobre toda a terra, abriu José todos os celeiros e vendia aos egípcios; porque a fome prevaleceu na terra do Egito.
57 E todas as terras vinham ao Egito, para comprar de José, porque a fome prevaleceu em todo o mundo.

Gn 42
1 Sabedor Jacó de que havia mantimento no Egito, disse a seus filhos: Por que estais aí a olhar uns para os outros?
2 E ajuntou: Tenho ouvido que há cereais no Egito; descei até lá e comprai-nos deles, para que vivamos e não morramos.
3 Então, desceram dez dos irmãos de José, para comprar cereal do Egito.
4 A Benjamim, porém, irmão de José, não enviou Jacó na companhia dos irmãos, porque dizia: Para que não lhe suceda, acaso, algum desastre.
5 Entre os que iam, pois, para lá, foram também os filhos de Israel; porque havia fome na terra de Canaã.
6 José era governador daquela terra; era ele quem vendia a todos os povos da terra; e os irmãos de José vieram e se prostraram rosto em terra, perante ele.
7 Vendo José a seus irmãos, reconheceu-os, porém não se deu a conhecer, e lhes falou asperamente, e lhes perguntou: Donde vindes? Responderam: Da terra de Canaã, para comprar mantimento.
8 José reconheceu os irmãos; porém eles não o reconheceram.
9 Então, se lembrou José dos sonhos que tivera a respeito deles e lhes disse: Vós sois espiões e viestes para ver os pontos fracos da terra.
10 Responderam-lhe: Não, senhor meu; mas vieram os teus servos para comprar mantimento.
11 Somos todos filhos de um mesmo homem; somos homens honestos; os teus servos não são espiões.
12 Ele, porém, lhes respondeu: Nada disso; pelo contrário, viestes para ver os pontos fracos da terra.
13 Eles disseram: Nós, teus servos, somos doze irmãos, filhos de um homem na terra de Canaã; o mais novo está hoje com nosso pai, outro já não existe.
14 Então, lhes falou José: É como já vos disse: sois espiões.
15 Nisto sereis provados: pela vida de Faraó, daqui não saireis, sem que primeiro venha o vosso irmão mais novo.
16 Enviai um dentre vós, que traga vosso irmão; vós ficareis detidos para que sejam provadas as vossas palavras, se há verdade no que dizeis; ou se não, pela vida de Faraó, sois espiões.
17 E os meteu juntos em prisão três dias.
18 Ao terceiro dia, disse-lhes José: Fazei o seguinte e vivereis, pois temo a D-us.
19 Se sois homens honestos, fique detido um de vós na casa da vossa prisão; vós outros ide, levai cereal para suprir a fome das vossas casas.
20 E trazei-me vosso irmão mais novo, com o que serão verificadas as vossas palavras, e não morrereis. E eles se dispuseram a fazê-lo.
21 Então, disseram uns aos outros: Na verdade, somos culpados, no tocante a nosso irmão, pois lhe vimos a angústia da alma, quando nos rogava, e não lhe acudimos; por isso, nos vem esta ansiedade.
22 Respondeu-lhes Rúben: Não vos disse eu: Não pequeis contra o jovem? E não me quisestes ouvir. Pois vedes aí que se requer de nós o seu sangue.
23 Eles, porém, não sabiam que José os entendia, porque lhes falava por intérprete.
24 E, retirando-se deles, chorou; depois, tornando, lhes falou; tomou a Simeão dentre eles e o algemou na presença deles.
25 Ordenou José que lhes enchessem de cereal os sacos, e lhes restituíssem o dinheiro, a cada um no saco de cereal, e os suprissem de comida para o caminho; e assim lhes foi feito.
26 E carregaram o cereal sobre os seus jumentos e partiram dali.
27 Abrindo um deles o saco de cereal, para dar de comer ao seu jumento na estalagem, deu com o dinheiro na boca do saco de cereal.
28 Então, disse aos irmãos: Devolveram o meu dinheiro; aqui está na boca do saco de cereal. Desfaleceu-lhes o coração, e, atemorizados, entreolhavam-se, dizendo: Que é isto que D-us nos fez?
29 E vieram para Jacó, seu pai, na terra de Canaã, e lhe contaram tudo o que lhes acontecera, dizendo:
30 O homem, o senhor da terra, falou conosco asperamente e nos tratou como espiões da terra.
31 Dissemos-lhe: Somos homens honestos; não somos espiões;
32 somos doze irmãos, filhos de um mesmo pai; um já não existe, e o mais novo está hoje com nosso pai na terra de Canaã.
33 Respondeu-nos o homem, o senhor da terra: Nisto conhecerei que sois homens honestos: deixai comigo um de vossos irmãos, tomai o cereal para remediar a fome de vossas casas e parti;
34 trazei-me vosso irmão mais novo; assim saberei que não sois espiões, mas homens honestos. Então, vos entregarei vosso irmão, e negociareis na terra.
35 Aconteceu que, despejando eles os sacos de cereal, eis cada um tinha a sua trouxinha de dinheiro no saco de cereal; e viram as trouxinhas com o dinheiro, eles e seu pai, e temeram.
36 Então, lhes disse Jacó, seu pai: Tendes-me privado de filhos: José já não existe, Simeão não está aqui, e ides levar a Benjamim! Todas estas coisas me sobrevêm.
37 Mas Rúben disse a seu pai: Mata os meus dois filhos, se to não tornar a trazer; entrega-mo, e eu to restituirei.
38 Ele, porém, disse: Meu filho não descerá convosco; seu irmão é morto, e ele ficou só; se lhe sucede algum desastre no caminho por onde fordes, fareis descer minhas cãs com tristeza à sepultura.

Gn 43
1 A fome persistia gravíssima na terra.
2 Tendo eles acabado de consumir o cereal que trouxeram do Egito, disse-lhes seu pai: Voltai, comprai-nos um pouco de mantimento.
3 Mas Judá lhe respondeu: Fortemente nos protestou o homem, dizendo: Não me vereis o rosto, se o vosso irmão não vier convosco.
4 Se resolveres enviar conosco o nosso irmão, desceremos e te compraremos mantimento;
5 se, porém, não o enviares, não desceremos; pois o homem nos disse: Não me vereis o rosto, se o vosso irmão não vier convosco.
6 Disse-lhes Israel: Por que me fizestes esse mal, dando a saber àquele homem que tínheis outro irmão?
7 Responderam eles: O homem nos perguntou particularmente por nós e pela nossa parentela, dizendo: Vive ainda vosso pai? Tendes outro irmão? Respondemos-lhe segundo as suas palavras. Acaso, poderíamos adivinhar que haveria de dizer: Trazei vosso irmão?
8 Com isto disse Judá a Israel, seu pai: Envia o jovem comigo, e nos levantaremos e iremos; para que vivamos e não morramos, nem nós, nem tu, nem os nossos filhinhos.
9 Eu serei responsável por ele, da minha mão o requererás; se eu to não trouxer e não to puser à presença, serei culpado para contigo para sempre.
10 Se não nos tivéssemos demorado já estaríamos, com certeza, de volta segunda vez.
11 Respondeu-lhes Israel, seu pai: Se é tal, fazei, pois, isto: tomai do mais precioso desta terra nos sacos para o mantimento e levai de presente a esse homem: um pouco de bálsamo e um pouco de mel, arômatas e mirra, nozes de pistácia e amêndoas;
12 levai também dinheiro em dobro; e o dinheiro restituído na boca dos sacos de cereal, tornai a levá-lo convosco; pode bem ser que fosse engano.
13 Levai também vosso irmão, levantai-vos e voltai àquele homem.
14 D-us Todo-Poderoso vos dê misericórdia perante o homem, para que vos restitua o vosso outro irmão e deixe vir Benjamim. Quanto a mim, se eu perder os filhos, sem filhos ficarei.
15 Tomaram, pois, os homens os presentes, o dinheiro em dobro e a Benjamim; levantaram-se, desceram ao Egito e se apresentaram perante José.
16 Vendo José a Benjamim com eles, disse ao despenseiro de sua casa: Leva estes homens para casa, mata reses e prepara tudo; pois estes homens comerão comigo ao meio-dia.
17 Fez ele como José lhe ordenara e levou os homens para a casa de José.
18 Os homens tiveram medo, porque foram levados à casa de José; e diziam: É por causa do dinheiro que da outra vez voltou nos sacos de cereal, para nos acusar e arremeter contra nós, escravizar-nos e tomar nossos jumentos.
19 E se chegaram ao mordomo da casa de José, e lhe falaram à porta,
20 e disseram: Ai! senhor meu, já uma vez descemos a comprar mantimento;
21 quando chegamos à estalagem, abrindo os sacos de cereal, eis que o dinheiro de cada um estava na boca do saco de cereal, nosso dinheiro intacto; tornamos a trazê-lo conosco.
22 Trouxemos também outro dinheiro conosco, para comprar mantimento; não sabemos quem tenha posto o nosso dinheiro nos sacos de cereal.
23 Ele disse: Paz seja convosco, não temais; o vosso D-us, e o D-us de vosso pai, vos deu tesouro nos sacos de cereal; o vosso dinheiro me chegou a mim. E lhes trouxe fora a Simeão.
24 Depois, levou o mordomo aqueles homens à casa de José e lhes deu água, e eles lavaram os pés; também deu ração aos seus jumentos.
25 Então, prepararam o presente, para quando José viesse ao meio-dia; pois ouviram que ali haviam de comer.
26 Chegando José a casa, trouxeram-lhe para dentro o presente que tinham em mãos; e prostraram-se perante ele até à terra.
27 Ele lhes perguntou pelo seu bem-estar e disse: Vosso pai, o ancião de quem me falastes, vai bem? Ainda vive?
28 Responderam: Vai bem o teu servo, nosso pai vive ainda; e abaixaram a cabeça e prostraram-se.
29 Levantando José os olhos, viu a Benjamim, seu irmão, filho de sua mãe, e disse: É este o vosso irmão mais novo, de quem me falastes? E acrescentou: D-us te conceda graça, meu filho.
30 José se apressou e procurou onde chorar, porque se movera no seu íntimo, para com seu irmão; entrou na câmara e chorou ali.
31 Depois, lavou o rosto e saiu; conteve-se e disse: Servi a refeição.
32 Serviram-lhe a ele à parte, e a eles também à parte, e à parte aos egípcios que comiam com ele; porque aos egípcios não lhes era lícito comer pão com os hebreus, porquanto é isso abominação para os egípcios.
33 E assentaram-se diante dele, o primogênito segundo a sua primogenitura e o mais novo segundo a sua menoridade; disto os homens se maravilhavam entre si.
34 Então, lhes apresentou as porções que estavam diante dele; a porção de Benjamim era cinco vezes mais do que a de qualquer deles. E eles beberam e se regalaram com ele.

Gn 44
1 Deu José esta ordem ao mordomo de sua casa: Enche de mantimento os sacos que estes homens trouxeram, quanto puderem levar, e põe o dinheiro de cada um na boca do saco de mantimento.
2 O meu copo de prata pô-lo-ás na boca do saco de mantimento do mais novo, com o dinheiro do seu cereal. E assim se fez segundo José dissera.
3 De manhã, quando já claro, despediram-se estes homens, eles com os seus jumentos.
4 Tendo saído eles da cidade, não se havendo ainda distanciado, disse José ao mordomo de sua casa: Levanta-te e segue após esses homens; e, alcançando-os, lhes dirás: Por que pagastes mal por bem?
5 Não é este o copo em que bebe meu senhor? E por meio do qual faz as suas adivinhações? Procedestes mal no que fizestes.
6 E alcançou-os e lhes falou essas palavras.
7 Então, lhe responderam: Por que diz meu senhor tais palavras? Longe estejam teus servos de praticar semelhante coisa.
8 O dinheiro que achamos na boca dos sacos de mantimento, tornamos a trazer-te desde a terra de Canaã; como, pois, furtaríamos da casa do teu senhor prata ou ouro?
9 Aquele dos teus servos, com quem for achado, morra; e nós ainda seremos escravos do meu senhor.
10 Então, lhes respondeu: Seja conforme as vossas palavras; aquele com quem se achar será meu escravo, porém vós sereis inculpados.
11 E se apressaram, e, tendo cada um posto o saco de mantimento em terra, o abriu.
12 O mordomo os examinou, começando do mais velho e acabando no mais novo; e achou-se o copo no saco de mantimento de Benjamim.
13 Então, rasgaram as suas vestes e, carregados de novo os jumentos, tornaram à cidade.
14 E chegou Judá com seus irmãos à casa de José; este ainda estava ali; e prostraram-se em terra diante dele.
15 Disse-lhes José: Que é isso que fizestes? Não sabíeis vós que tal homem como eu é capaz de adivinhar?
16 Então, disse Judá: Que responderemos a meu senhor? Que falaremos? E como nos justificaremos? Achou D-us a iniqüidade de teus servos; eis que somos escravos de meu senhor, tanto nós como aquele em cuja mão se achou o copo.
17 Mas ele disse: Longe de mim que eu tal faça; o homem em cuja mão foi achado o copo, esse será meu servo; vós, no entanto, subi em paz para vosso pai.