Gn 23:1-25:18 1Rs 1:1-31 1Co 15:50-57 Sl 45
CHAYEI
SARA
Gn 23:1-25:18
Gn 23
1 Tendo Sara vivido cento e vinte e sete anos,
2 morreu em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã; veio Abraão lamentar Sara e chorar por ela.
3 Levantou-se, depois, Abraão da presença de sua morta e falou aos filhos de Hete:
4 Sou estrangeiro e morador entre vós; dai-me a posse de sepultura convosco, para que eu sepulte a minha morta.
5 Responderam os filhos de Hete a Abraão, dizendo:
6 Ouve-nos, senhor: tu és príncipe de D-us entre nós; sepulta numa das nossas melhores sepulturas a tua morta; nenhum de nós te vedará a sua sepultura, para sepultares a tua morta.
7 Então, se levantou Abraão e se inclinou diante do povo da terra, diante dos filhos de Hete.
8 E lhes falou, dizendo: Se é do vosso agrado que eu sepulte a minha morta, ouvi-me e intercedei por mim junto a Efrom, filho de Zoar,
9 para que ele me dê a caverna de Macpela, que tem no extremo do seu campo; que ma dê pelo devido preço em posse de sepultura entre vós.
10 Ora, Efrom, o heteu, sentando-se no meio dos filhos de Hete, respondeu a Abraão, ouvindo-o os filhos de Hete, a saber, todos os que entravam pela porta da sua cidade:
11 De modo nenhum, meu senhor; ouve-me: dou-te o campo e também a caverna que nele está; na presença dos filhos do meu povo te dou; sepulta a tua morta.
12 Então, se inclinou Abraão diante do povo da terra;
13 e falou a Efrom, na presença do povo da terra, dizendo: Mas, se concordas, ouve-me, peço-te: darei o preço do campo, toma-o de mim, e sepultarei ali a minha morta.
14 Respondeu-lhe Efrom:
15 Meu senhor, ouve-me: um terreno que vale quatrocentos siclos de prata, que é isso entre mim e ti? Sepulta ali a tua morta.
16 Tendo Abraão ouvido isso a Efrom, pesou-lhe a prata, de que este lhe falara diante dos filhos de Hete, quatrocentos siclos de prata, moeda corrente entre os mercadores.
17 Assim, o campo de Efrom, que estava em Macpela, fronteiro a Manre, o campo, a caverna e todo o arvoredo que nele havia, e todo o limite ao redor
18 se confirmaram por posse a Abraão, na presença dos filhos de Hete, de todos os que entravam pela porta da sua cidade.
19 Depois, sepultou Abraão a Sara, sua mulher, na caverna do campo de Macpela, fronteiro a Manre, que é Hebrom, na terra de Canaã.
20 E assim, pelos filhos de Hete, se confirmou a Abraão o direito do campo e da caverna que nele estava, em posse de sepultura.Gn 24
1 Era Abraão já idoso, bem avançado em anos; e o ETERNO em tudo o havia abençoado.
2 Disse Abraão ao seu mais antigo servo da casa, que governava tudo o que possuía: Põe a mão por baixo da minha coxa,
3 para que eu te faça jurar pelo ETERNO, D-us do céu e da terra, que não tomarás esposa para meu filho das filhas dos cananeus, entre os quais habito;
4 mas irás à minha parentela e daí tomarás esposa para Isaque, meu filho.
5 Disse-lhe o servo: Talvez não queira a mulher seguir-me para esta terra; nesse caso, levarei teu filho à terra donde saíste?
6 Respondeu-lhe Abraão: Cautela! Não faças voltar para lá meu filho.
7 O ETERNO, D-us do céu, que me tirou da casa de meu pai e de minha terra natal, e que me falou, e jurou, dizendo: À tua descendência darei esta terra, ele enviará o seu anjo, que te há de preceder, e tomarás de lá esposa para meu filho.
8 Caso a mulher não queira seguir-te, ficarás desobrigado do teu juramento; entretanto, não levarás para lá meu filho.
9 Com isso, pôs o servo a mão por baixo da coxa de Abraão, seu senhor, e jurou fazer segundo o resolvido.
10 Tomou o servo dez dos camelos do seu senhor e, levando consigo de todos os bens dele, levantou-se e partiu, rumo da Mesopotâmia, para a cidade de Naor.
11 Fora da cidade, fez ajoelhar os camelos junto a um poço de água, à tarde, hora em que as moças saem a tirar água.
12 E disse consigo: Ó ETERNO, D-us de meu senhor Abraão, rogo-te que me acudas hoje e uses de bondade para com o meu senhor Abraão!
13 Eis que estou ao pé da fonte de água, e as filhas dos homens desta cidade saem para tirar água;
14 dá-me, pois, que a moça a quem eu disser: inclina o cântaro para que eu beba; e ela me responder: Bebe, e darei ainda de beber aos teus camelos, seja a que designaste para o teu servo Isaque; e nisso verei que usaste de bondade para com o meu senhor.
15 Considerava ele ainda, quando saiu Rebeca, filha de Betuel, filho de Milca, mulher de Naor, irmão de Abraão, trazendo um cântaro ao ombro.
16 A moça era mui formosa de aparência, virgem, a quem nenhum homem havia possuído; ela desceu à fonte, encheu o seu cântaro e subiu.
17 Então, o servo saiu-lhe ao encontro e disse: Dá-me de beber um pouco da água do teu cântaro.
18 Ela respondeu: Bebe, meu senhor. E, prontamente, baixando o cântaro para a mão, lhe deu de beber.
19 Acabando ela de dar a beber, disse: Tirarei água também para os teus camelos, até que todos bebam.
20 E, apressando-se em despejar o cântaro no bebedouro, correu outra vez ao poço para tirar mais água; tirou-a e deu-a a todos os camelos.
21 O homem a observava, em silêncio, atentamente, para saber se teria o ETERNO levado a bom termo a sua jornada ou não.
22 Tendo os camelos acabado de beber, tomou o homem um pendente de ouro de meio siclo de peso e duas pulseiras para as mãos dela, do peso de dez siclos de ouro;
23 e lhe perguntou: De quem és filha? Peço-te que me digas. Haverá em casa de teu pai lugar em que eu fique, e a comitiva?
24 Ela respondeu: Sou filha de Betuel, filho de Milca, o qual ela deu à luz a Naor.
25 E acrescentou: Temos palha, e muito pasto, e lugar para passar a noite.
26 Então, se inclinou o homem e adorou ao ETERNO.
27 E disse: Bendito seja o ETERNO, D-us de meu senhor Abraão, que não retirou a sua benignidade e a sua verdade de meu senhor; quanto a mim, estando no caminho, o ETERNO me guiou à casa dos parentes de meu senhor.
28 E a moça correu e contou aos da casa de sua mãe todas essas coisas.
29 Ora, Rebeca tinha um irmão, chamado Labão; este correu ao encontro do homem junto à fonte.
30 Pois, quando viu o pendente e as pulseiras nas mãos de sua irmã, tendo ouvido as palavras de Rebeca, sua irmã, que dizia: Assim me falou o homem, foi Labão ter com ele, o qual estava em pé junto aos camelos, junto à fonte.
31 E lhe disse: Entra, bendito do ETERNO, por que estás aí fora? Pois já preparei a casa e o lugar para os camelos.
32 Então, fez entrar o homem; descarregaram-lhe os camelos e lhes deram forragem e pasto; deu-se-lhe água para lavar os pés e também aos homens que estavam com ele.
33 Diante dele puseram comida; porém ele disse: Não comerei enquanto não expuser o propósito a que venho. Labão respondeu-lhe: Dize.
34 Então, disse: Sou servo de Abraão.
35 O ETERNO tem abençoado muito ao meu senhor, e ele se tornou grande; deu-lhe ovelhas e bois, e prata e ouro, e servos e servas, e camelos e jumentos.
36 Sara, mulher do meu senhor, era já idosa quando lhe deu à luz um filho; a este deu ele tudo quanto tem.
37 E meu senhor me fez jurar, dizendo: Não tomarás esposa para meu filho das mulheres dos cananeus, em cuja terra habito;
38 porém irás à casa de meu pai e à minha família e tomarás esposa para meu filho.
39 Respondi ao meu senhor: Talvez não queira a mulher seguir-me.
40 Ele me disse: O ETERNO, em cuja presença eu ando, enviará contigo o seu Anjo e levará a bom termo a tua jornada, para que, da minha família e da casa de meu pai, tomes esposa para meu filho.
41 Então, serás desobrigado do meu juramento, quando fores à minha família; se não ta derem, desobrigado estarás do meu juramento.
42 Hoje, pois, cheguei à fonte e disse comigo: ó ETERNO, D-us de meu senhor Abraão, se me levas a bom termo a jornada em que sigo,
43 eis-me agora junto à fonte de água; a moça que sair para tirar água, a quem eu disser: dá-me um pouco de água do teu cântaro,
44 e ela me responder: Bebe, e também tirarei água para os teus camelos, seja essa a mulher que o ETERNO designou para o filho de meu senhor.
45 Considerava ainda eu assim, no meu íntimo, quando saiu Rebeca trazendo o seu cântaro ao ombro, desceu à fonte e tirou água. E eu lhe disse: peço-te que me dês de beber.
46 Ela se apressou e, baixando o cântaro do ombro, disse: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos. Bebi, e ela deu de beber aos camelos.
47 Daí lhe perguntei: de quem és filha? Ela respondeu: Filha de Betuel, filho de Naor e Milca. Então, lhe pus o pendente no nariz e as pulseiras nas mãos.
48 E, prostrando-me, adorei ao ETERNO e bendisse ao ETERNO, D-us do meu senhor Abraão, que me havia conduzido por um caminho direito, a fim de tomar para o filho do meu senhor uma filha do seu parente.
49 Agora, pois, se haveis de usar de benevolência e de verdade para com o meu senhor, fazei-mo saber; se não, declarai-mo, para que eu vá, ou para a direita ou para a esquerda.
50 Então, responderam Labão e Betuel: Isto procede do ETERNO, nada temos a dizer fora da sua verdade.
51 Eis Rebeca na tua presença; toma-a e vai-te; seja ela a mulher do filho do teu senhor, segundo a palavra do ETERNO.
52 Tendo ouvido o servo de Abraão tais palavras, prostrou-se em terra diante do ETERNO;
53 e tirou jóias de ouro e de prata e vestidos e os deu a Rebeca; também deu ricos presentes a seu irmão e a sua mãe.
54 Depois, comeram, e beberam, ele e os homens que estavam com ele, e passaram a noite. De madrugada, quando se levantaram, disse o servo: Permiti que eu volte ao meu senhor.
55 Mas o irmão e a mãe da moça disseram: Fique ela ainda conosco alguns dias, pelo menos dez; e depois irá.
56 Ele, porém, lhes disse: Não me detenhais, pois o ETERNO me tem levado a bom termo na jornada; permiti que eu volte ao meu senhor.
57 Disseram: Chamemos a moça e ouçamo-la pessoalmente.
58 Chamaram, pois, a Rebeca e lhe perguntaram: Queres ir com este homem? Ela respondeu: Irei.
59 Então, despediram a Rebeca, sua irmã, e a sua ama, e ao servo de Abraão, e a seus homens.
60 Abençoaram a Rebeca e lhe disseram: És nossa irmã; sê tu a mãe de milhares de milhares, e que a tua descendência possua a porta dos seus inimigos.
61 Então, se levantou Rebeca com suas moças e, montando os camelos, seguiram o homem. O servo tomou a Rebeca e partiu.
62 Ora, Isaque vinha de caminho de Beer-Laai-Roi, porque habitava na terra do Neguebe.
63 Saíra Isaque a meditar no campo, ao cair da tarde; erguendo os olhos, viu, e eis que vinham camelos.
64 Também Rebeca levantou os olhos, e, vendo a Isaque, apeou do camelo,
65 e perguntou ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? É o meu senhor, respondeu. Então, tomou ela o véu e se cobriu.
66 O servo contou a Isaque todas as coisas que havia feito.
67 Isaque conduziu-a até à tenda de Sara, mãe dele, e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher. Ele a amou; assim, foi Isaque consolado depois da morte de sua mãe.Gn 25
1 Desposou Abraão outra mulher; chamava-se Quetura.
2 Ela lhe deu à luz a Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suá.
3 Jocsã gerou a Seba e a Dedã; os filhos de Dedã foram: Assurim, Letusim e Leumim.
4 Os filhos de Midiã foram: Efá, Efer, Enoque, Abida e Elda. Todos estes foram filhos de Quetura.
5 Abraão deu tudo o que possuía a Isaque.
6 Porém, aos filhos das concubinas que tinha, deu ele presentes e, ainda em vida, os separou de seu filho Isaque, enviando-os para a terra oriental.
7 Foram os dias da vida de Abraão cento e setenta e cinco anos.
8 Expirou Abraão; morreu em ditosa velhice, avançado em anos; e foi reunido ao seu povo.
9 Sepultaram-no Isaque e Ismael, seus filhos, na caverna de Macpela, no campo de Efrom, filho de Zoar, o heteu, fronteiro a Manre,
10 o campo que Abraão comprara aos filhos de Hete. Ali foi sepultado Abraão e Sara, sua mulher.
11 Depois da morte de Abraão, D-us abençoou a Isaque, seu filho; Isaque habitava junto a Beer-Laai-Roi.
12 São estas as gerações de Ismael, filho de Abraão, que Agar, egípcia, serva de Sara, lhe deu à luz.
13 E estes, os filhos de Ismael, pelos seus nomes, segundo o seu nascimento: o primogênito de Ismael foi Nebaiote; depois, Quedar, Abdeel, Mibsão,
14 Misma, Dumá, Massá,
15 Hadade, Tema, Jetur, Nafis e Quedemá.
16 São estes os filhos de Ismael, e estes, os seus nomes pelas suas vilas e pelos seus acampamentos: doze príncipes de seus povos.
17 E os anos da vida de Ismael foram cento e trinta e sete; e morreu e foi reunido ao seu povo.
18 Habitaram desde Havilá até Sur, que olha para o Egito, como quem vai para a Assíria. Ele se estabeleceu fronteiro a todos os seus irmãos.